quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A poesia de Zé Praxedi, o poeta vaqueiro que nasceu em Cerro Corá

DOIS GRANDES

Duas boas arturidade
Me truveram do Sertão.
A sigunda do País
E a prenmêra do baião.

O Luiz Lua Gonzaga,
Qui dus pampa ao Amazona,
Todo o meu Brasí se curva
Para uví sua sanfona.
Gonzaga, o cantô da terra
Dos matuto e boiadeiro,
O cantô dos tangirino,
Do caçadô, do vaqueiro!
O homem de quem se fala,
É o seu cantá qui imbala
O Nordeste brasileiro.

Apôs bem, esse cabôco
Tão festêjado e feliz!
Protégi o pobe nas ruas,
O vigáro na Matriz.
O Luiz Lua Gonzaga,
Trabáia pelo País.

Doutô João Café Filho,
A palavra desse home,
Tem o gosto da cumida
Quando a gente tá cum fome.

O maió dos Députado
Qui o Brasí já conheceu!
Inté o só ismoréci,
Café nunca ismoreceu!
Esse Café de que falo,
Num é café de São Paulo,
Em minha terra nasceu.

Apôs bem, doutô Café,
Tem um grande coração!
Trabainado como vive
Pru distino da Nação.
Inda tira um momentim
Pra se alembrá do Baião.

Um comentário:

anonimo disse...

Meu recanto de encantos

Minha serra,meu recanto
Terra de muito encanto,
Beleza que Deus lapidou
Nascente do Potengí,onde o nome originou.
Serra santa das alturas
Rupestre ,foram as pinturas que um sábio índio pintou.
Que imaginou várias figuras,
Vista de uma altura
do cruzeiro de nosso senhor.
Vale vulcânico apagado
Escorrego ídolotrado,
Em busca de seu amor.
Serra verde minha querida
Com tuas pedras esculpidas
Faz pra mim um favor,
Me conta mais histórias
Da minha terra de glória,que sempre hei de amar;
Me ponhe mais na memória,minha linda Cerro Corá.
(José Romário 14/01/2009
romarioroxmad@hotmail.com