sexta-feira, 26 de maio de 2017

"Veracidade dos áudios, não significa que houve compra de votos", diz juiz

A ação de investigação eleitoral que a coligação "Todos Unidos Por Cerro Corá" ajuizou contra a prefeita Graça Oliveira (PSD) e o vice Zeca Araújo (PSB), tinha como base uma mensagem de áudio enviada através do apĺicativo Whattsapp, onde uma pessoa não identificada, possivelmente o Pedro Victor Dantas, afirma, em
resumo, que o “homem não tinha começado a gastar dinheiro, que não faltaria dinheiro para comprar pessoas e votos para o lado de “Graça” e que “dinheiro não é problema, mas solução”.

Nos autos, diz-se ainda, que "verifica-se, entretanto, que mesmo na hipótese de ser verdadeiro o áudio em questão, não significa que efetivamente houve compra de votos, até mesmo porque não foi demonstrado qual o liame do Sr. Pedro Victor com os ora representados".

Outra peça dos autos era um vídeo onde um suposto eleitor teria confessado que recebeu benefício para votar na então candidata “Graça”. Para o juiz Ricardo Fagundes, da 20a Zona Eleitoral de Currais Novos, "no que toca ao áudio, não restou esclarecido em que contexto o interlocutor postou essa mensagem, sendo certo que havia outros trechos de áudios no referido “grupo” ou “chat”, conforme se verifica do “print” de tela colacionado na mesma mídia". 

Ademais, segundo os autos, não foi requerida nenhuma perícia para comprovar que não houve manipulação dessas gravações. Já o eleitor Pedro Victor Dantas esclareceu que enviou alguns áudios para um amigo chamado Miguel Thiago, onde trocavam provocações, cada um defendendo o seu candidato e que, na
verdade, queria dizer, de maneira geral, que se “o outro lado” tinha direito a gastar, a sua candidata também teria.

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