terça-feira, 9 de outubro de 2012

Recurso contra candidatura de "Codô" está desde o dia 5 no TSE

O recurso do Ministério Público Eleitoral contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que ratificava o registro de candidatura às eleições municipais do vereador Clidenor Pereira de Araújo Filho (PHS),  "Codô", e que resultou na anulação dos 343 votos que ele recebeu no domingo, dia 7, chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na antevéspera do dia da eleição.  A defesa em Brasilia do vereador "Codô" está a cargo do escritório de advocacia de Valério Marinho.

Para o Ministério Público, "Codô" estaria inelegível porque mesmo não tendo a sua prestação de contas como prefeito nos anos de 1997 e 2000 não sendo enviadas, ainda, à apreciação da Câmara Municipal, elas foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A informação chegada à Justiça Eleitoral, era de que também só tinham sido aprovadas a prestação de contas, naquela Corte, dos anos de 1998 e 1999.

"Codô" conseguiu o registro de candidato nas instâncias inferiores, tendo a juiza eleitoral de Currais Novos, Niedja Fernandes, entendido que a Câmara de vereadores tem o poder e o dever de fiscalizar com o auxílio do Tribunal de Contas.

Mas, afirmou ela ao analisar o  pedido de registro de "Codô", em agosto, que a Constituição estabelece que o parecer prévio do TCE, conforme jurisprudência da instância superior, "só deixará de prevalecer por rejeição de dois terços dos parlamentares, mas não define nenhum prazo para essa manifestação".

O entendimento da juiza Niedja Ferndes, era de que o parecer prévio do TCE não surtirá efeito nenhum em relação as contas fiscalizadas, enquanto não houver a manifestação expressa da Câmara Municipal de Cerro Corá.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ficha limpa" anula 343 votos de Codô

A coligação situacionista elegeu seis vereadores em Cerro Corá e a oposição três, visto que o vereador Clidenor Pereira da Silva (PHS), o "Codô" sofreu anulação dos 343 votos sufragados em seu nome nas urnas de domingo, dia 7, por causa da lei do "ficha limpa". A sua eleição está sub-júdice e depende de decisão judicial de contabilizar ou não os seus votos, que se validados, elevarão para quatro o número de vereadores da oposição, além de rebaixar o vereador reeleito Aldin a condição de primeiro suplente da coligação "Unidade Democrática".

DEM emerge como maior partido e Cerro Corá elege primeiro vereador do PT

Por Valdir Julião
Com três vereadores eleitos em Cerro Corá, o partido Democratas, sucedâneo da extinta Arena e depois do PDS e PFL, emerge das urnas como o maior partido do município, seguido do histórico PMDB, que elegeu dois vereadores. Além de ter eleito o prefeito Raimundo Marcelino Borges, o “Novinho” com 3.557 votos (53,84% dos votos válidos), o DEM elegeu os vereadores “Valdinho”, Everaldo e Aldin. O PMDB elegeu Manoel de Cláudio e Álvaro Melo e o vice-prefeito João Batista de Melo Filho.
O  Democratas obteve 1.615 sufrágios, o que corresponde a praticamente um quarto dos votos válidos para vereador (25,17%), contra 1.097 do PMDB (17,10%). Outro partido que sai fortalecido das urnas é o PSD, que elegeu a campeã de votos, a professora Maria das Graças Oliveira, com 506 votos (7,89%).
Já o segundo vereador mais votado é “Erinho”, do PTB, que integrou a coligação oposicionista, com 502 votos (7,82%).
No entanto, o partido de oposição que sai mais forte das urnas é o PPS, que praticamente mantém a votação absoluta obtida há quatro anos, com 601 votos, o que permitiu reeleger o vereador Evilásio Bezerra para o segundo mandato consecutivo. O PPS é o quarto partido com o maior número de votos, atrás do DEM, PMDB e PSD.
Outro partido que cresceu nessas eleições foi o Partido dos Trabalhadores (PT), o qual elegeu seu primeiro vereador no município, “Zeca”, com 405 sufrágios (6,31%).

Votação por partidos

Partido
Votos
%
DEM
1.615
25,17
PMDB
1.097
17,10
PSD
845
13,17
PPS
601
9,37
PT
578
9,01
PTB
506
7,89
PR
454
7,07
PV
356
5,55
PSB
268
4,18
PSDB
59
0,92
PP
31
0,48
PHS
05
0,08
PRB
02
0,03
Fonte - TSE

Eleição bipolarizada para prefeito despertou mais interesse dos eleitores

Outro detalhe quanto ao pleito eleitoral deste ano em Cerro Corá,  é que a disputa para o cargo de prefeito despertou mais interesse entre os eleitores do que em 2008, quando três candidatos disputaram o pleito majoritário, enquanto no domingo, dia 7, a disputa foi bipolarizada.  Tanto que há quatro anos, o índice de votos válidos foi de 90,41%, e este ano foi a 92,77%, um crescimento de pouco mais de 2%. 

Prova de que a eleição majoritária com dois candidatos chamou mais a atenção dos eleitores, foi a queda do percentual de votos nulos de 7,90% para 5,56% (José Valdir Julião).

Índices de abstenção e de votos nulos para vereador crescem em Cerro Corá

Um fato que chama a atenção nos números das eleições de 7 de outubro deste ano em Cerro Corá,  é a diminuição do índice de comparecimento dos eleitores às urnas, que foi o mais baixo em relação aos quatro últimos pleitos para prefeito e vereador no município. Para um contingente eleitoral de 8.586 eleitores, votaram este ano 7.122 pessoas, o que corresponde um índice de 82,95%, que ficou um pouco abaixo do percentual médio histórico de 85%.

Na mesma proporção que caiu o índice de votantes este ano, também cresceu o índice de abstenção, pois 17,05% dos eleitores (1.464) deixaram de comparecer ao domicílio eleitoral de origem.

Outro dado interessante, que pode ser creditado ao fato de uma parte do eleitorado não ter acreditado nas propostas dos 33 candidatos a vereador, foi o aumento do  índice de votos nulos no pleito proporcional, que foi de 8,31% ou 592 votos em números absolutos. Nas eleições municipais de quatro anos atrás, o índice de votos nulos tinha sido de 4,28% ou 296 sufrágios.

Já o índice de votos em branco, para um total de 113 sufrágios, foi de 1,59%, dois décimos a menos do que nas eleições de 2008, quando houve 111 votos em branco, mas o eleitorado era de 8.113 votantes.

Portanto, o índice de votos válidos que foi de 94,11% há quatro anos, este ano baixou para 90,10% e só não foi mais baixo que em 1996, quando o índice foi de  83,36% e a eleição ainda era feita pelo sistema convencional, com o voto sufragado em cédulas eleitorais de papel e depositadas em urnas de lona e não em urnas eletrônicas (Valdir Julião).

domingo, 7 de outubro de 2012

Vitória inquestionável do reeleito "Novinho"

Inquestionável, mas previsível a vitória eleitoral do prefeito Raimundo Marcelino Borges (DEM), o "Novinho", reeleito com uma maioria de 507 votos sobre a sua opositora, a sindicalista Ana Maria da Silva (PR). Uma margem de 7,68% de votos válidos, e bem abaixo dos mais de mil votos pregados durante o calor da campanha eleitoral em Cerro Corá, que tirando os poucos excessos de um e de outro lado, ocorreu dentro da civilidade e do regime democrático de direito que se esperava dos eleitores e da classe política.

O resultado das urnas não difere muito das eleições que vêm ocorrendo nos últimos quatro anos em Cerro Corá, pois apesar das defecções que o grupo politico dominante vem tendo ao longo do tempo, sobretudo o líder político João Batista de Melo Filho, a situação vem se mantendo no poder em função dos erros acumulados pela oposição, que, este ano, ainda tentou uma reviravolta política no município com a união, considerada quase impossível, mas que acabou ocorrendo às vésperas do fim do prazo para a homologação das candidaturas de dez partidos de oposição.

Também não se pode questionar, mesmo com os equívocos e acertos administrativos cometidos em quatro anos do seu primeiro  mandato, a liderança política do prefeito "Novinho", que, ao lado de João Batista, conseguiram eleger o sobrinho, Valdinho, e o filho, Alvaro  Melo, entre os nove eleitos para a Câmara Municipal de Cerro Corá, apesar destes ficarem no grupo do meio dos mais votados.

A voz das urnas traz outro recado, a possibilidade de surgir uma nova liderança política no município, com a reeleição em primeiro lugar da vereadora Maria das Graças de Oliveira. Na composição da chapa majoritária este ano, o seu nome chegou a ser cogitado por pessoas próximas para ela para compor a chapa de vice-prefeito, mas que desistiu em decorrência da liderança de "Joaozinho", aponta para a possibilidade de disputar uma eleição majoritária em 2016.

Até lá muita coisa deve ocorrer na política paroquial de Cerro Corá, pois, como não pode disputar a reeleição, naturalmente que o prefeito "Novinho" deverá indicar e apoiar um nome para sucedê-lo no cargo. Nos bastidores, o que se comentava mesmo antes de finalizada a campanha eleitoral deste ano, é que João Batista, elegendo o filho, dava um passo para prepará-lo para disputar o pleito majoritário, bem como analistas acreditam que JB, mesmo já se aproximando dos 70 anos, ganharia mais um fôlego para disputar o seu quinto mandato de prefeito.

Pelo lado da oposição, o resultado das urnas afasta, praticamente, a possibilidade de Ana Maria da Silva disputar outra vez a prefeitura, bem como aponta que os partidos oposicionistas devem repensar a estratégia politica para tentar tomar a prefeitura do grupo liderado por DEM/PMDB e seus aliados, que, pelo andar da carruagem deverão ficar no poder por mais outra década em Cerro Corá (José Valdir Julião).

sábado, 6 de outubro de 2012

Projeção de votos válidos chega a 6.860 sufrágios em Cerro Corá

Com base nos resultados das quatro últimas eleições municipais realizadas em Cerro Corá, o blog fez uma projeção dos números de votos válidos que deverão ocorrer no pleito proporcional deste domingo, dia 17. O percentual médio histórico de abstenção, que é o número de eleitores que deixa de comparecer aos locais de votação, fica em torno de 15%. Considerando que este ano o contingente eleitoral é de 8.586 votantes, é de se prever que o comparecimento de eleitores às urnas deve ser de 7.298 pessoas ou 85% dos votantes, enquanto 1.288 eleitores deverão se ausentar do domicílio eleitoral.

Com relação aos votos válidos, que são os votos de legendas, dados aos partidos, somados aos que são dados nominalmente aos candidatos a vereador, o percentual considerado foi de 94%, o mesmo do pleito eleitoral de 2008. Ou seja, tirando os votos brancos e nulos, deverão votar para vereador este ano 6.860 eleitores.

Portanto, em cima dessas projeções, o blog calcula que o quociente eleitoral este ano, que é o número de votos válidos divididos pelo número de vagas para a Câmara Municipal, que são nove, dá então 762 votos, que é o mínimo para que um partido político ou coligação eleja pelo menos um vereador. Para se saber o número de cadeiras que cada uma das coligações vão ter a partir de janeiro, basta dividir o número de votos obtidos pela coligação pelo quociente eleitoral projetado, que é de 762 sufrágios  (Valdir Julião).

Eleições municipais em Cerro Corá
Histórico da eleição de vereador
Ano
1996
2000
2004
2008
2012
Eleitorado
6.775
6.868
7.518
8.113
8.586
Votantes
5.758 (84,99%)
5.804 (84,51%)
6.446 (85,74%)
6.908 (85,15%)
7.298 (85,0%)
Abstenção
1.017 (15,01%)
1.064 (15,49%)
1.072 (14,26%)
1.205 (14,85%)
1.288 (15,0%)
Votos válidos
4.800 (83,362%)
5.555 (93,99%)
5.980 (92,77%)
6.501 (94,11%)
6.860
Votos brancos
662 (11,5%)
54 (0,93%)
84 (1,30%)
111 (1,61%)

Votos nulos
296 (5,14%)
295 (5,08%)
382 (5,93%)
296 (4,28%)

Eleição plebiscitária em Cerro Corá: continuísmo ou novo rumo gerencial

O blog não entra no mérito e nem analisa o perfil individual ou a capacidade política e administrativa dos dois candidatos a prefeito de Cerro Corá nas eleições deste domingo, dia 7, em Cerro Corá. O prefeito Raimundo Marcelino Borges (DEM), o "Novinho", disputa a reeleição, enquanto a oposicionista Ana Maria da Silva (PR) tenta chegar à prefeitura pela quarta vez.  Mas, na avaliação do blogueiro, o pleito eleitoral deste ano pode se tornar um plebiscito na medida em que os eleitores cerrocoraenses vão decidir se desejam mudanças no rumo politico e gerencial do município, com a eleição de uma candidata apoiada por dez partidos de oposição, ou se ratificam o continuísmo de uma gestão e de um grupo político que se encontra no poder em Cerro Corá há 12 anos e que conta com o apoio de quatro partidos. 

Tal decisão só será conhecida a partir das 17 horas do domingo, tão logo se encerre a votação e comece a apuração dos votos na 20ª Zona Eleitoral, sediada em Currais Novos. Com relação a Cerro Corá, o prefeito que assumirá o mandado a partir de 1º de janeiro de 2013, vai ser escolhido por 8.586 eleitores, que irão exercer o direito do voto em cinco  locais de votação, onde estarão instaladas 27 urnas eletrônicas.

Locais de votação
em Cerro Corá

- Centro Educacional Rodrigues Neto, rua Manoel Soares, 173, centro
12 urnas / 4.507 eleitores

- Creche Municipal Jarniele Alves da Silva, rua Cel Manoel Osório, 300, centro
2 urnas / 497 eleitores

- Emater, rua Sérvulo Pereira, 68, centro
3 urnas / 604 votos

- Escola Municipal Sebastiana Alves Noga, rua Gracindo Deitado, 104, centro
8 urnas / 2.557 eleitores

- Peti, rua Bevenuto Pereira, 1, centro
2 urnas - 421 votos

Fonte - TRE

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A praça da minha infância*

Recentemente o jornalista José Valdir Julião postou em seu blog – “Cerro Corá News” -, uma série de comentários ou artigos sobre a construção de um prédio, em plena Praça Tomaz Pereira, naquela cidade seridoense.
A nova edificação se destina a um centro de artesanato, mirante um palco, ou algo assim, com o fim de promover geração de emprego e renda, além de favorecer, em parte, o turismo no município. Isto segundo a atual gestão municipal.
Não tenho conhecimento ou profundidade sobre o projeto e as ‘maquetes’ ou reproduções e imagens da futura obra, que já teria sido iniciada.
Porém, num primeiro momento, depois de analisar todos os comentários do veterano profissional da imprensa potiguar e a repercussão dos mesmos com postagens em seu blog, não me furto a tecer minhas considerações.
Posso até estar errado nesta primeira, e espero que seja a única, abordagem sobre o assunto. Há depender do exposto, acho a nova obra um verdadeiro “monstrengo”, que vem, ainda mais, ferir a visão panorâmica do centro da cidade, tão carente de passeio público.
Sou do tempo, entre 1964, quando tinha seis anos, e 1971, que a pracinha tinha somente um pedestal de mármore ou granito branco encimado com o busto de Tomaz Pereira, com a placa de bronze indicativa de quem foi o homenageado. Ao redor o terreno de terra batida, que servia de campo de futebol para a criançada e os adolescentes. Era lá que Sebastião Canário tinha o seu timinho de futebol, de camisas brancas, com golas olímpicas (circular) e fio colorido, e apitava as partidas para a meninada.
Sebastião, do armarinho sortido, ao lado da casa da mãe, dona Ana, e do primeiro e único cinema da cidade, o Cine Canário, construído com a ajuda dos irmãos residentes na capital, desativado deste o final dos anos setenta. E na noite do Natal ele organizava os sorteios das argolinhas e da casinha dos coelhos. Prêmios variados e baratos, ao gosto do cliente.
A partir de 1972 a pracinha ganhou uma urbanização. Na área em questão foram construídos dois grandes círculos, com azulejos azuis, nos quais foram colocados água e peixinhos. O primeiro ficava do lado que dá para a confluência do largo em que terminam ou começam as ruas Monsenhor Paulo Herôncio de Melo e Vivaldo Pereira, e o segundo ficava defronte a “Casa Grande”, cuja lateral dá para a Avenida São João (a da matriz), onde viveu Tomaz Pereira.
Ao lado do segundo circulo havia um quadrilátero com areia, que se transformou em um minicampo de futebol para a garotada. As traves eram paralelepípedos ou as sandálias japonesas. Entre os dois círculos outro quadrilátero, de mármore preto, que também servia de “quadra de esportes”.
É nesse quadrado preto, quase ao fundo, no sentido sul-norte, que foi colocado o mesmo busto de Tomás Pereira. E toda a praça era pavimentada com lajotas semelhantes aquelas da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Anos depois, não lembro em qual administração ao certo, começou a desfiguração da praça, com a plantação de mudas de palmeiras imperiais, não nativas da região.
Saudades da pracinha, em que, durante o carnaval, a galera aproveitava para tomar banho nos círculos e se livrar da ressaca da noite e madrugada anterior ou, no final de tarde, começo da noite, se livrar do mela-mela de ovo, araruta, talco e colorau, para a noite festejar no clube municipal (ou Grêmio Presidente Kennedy), onde é hoje a Câmara de Vereadores, ou no antigo mercado do centro, transformado depois em clube.
Isto acontecia comigo, pelo menos, até 1978/79. É isso.

*Artigo publicado na edição de setembro do JORNAL A ESPERANÇA (Natal), na coluna “Extra Pauta”, do jornalista José Vanilson Julião

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Robinson anuncia passagem por Bodó

O vice-governador Robinson Faria está anunciando no Twitter sua passagem por quatro municípios da região do Seridó, que incluem Ouro Branco e Cruzeta, além de Currais Novos e Bodó, mas não anuncia, por enquanto, embora passe por dentro da cidade, nenhum ato político em Cerro Corá...