segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Um tranquilo passeio de bicicleta: anos 70

Hoje é quase impossível passear de bicicleta na rua Sérvulo Pereira - no centro comercial de Cerro Corá -, como o agrônomo pernambucano João Emanoel Rego Costa o fez em cima de uma Monareta nos anos 70 em Cerro Corá. Época de picape Willys e Chevrolet C-10 estacionadas de um lado e outro da rua. O fusca ali, certamente era o da falecida Elza Batista Pereira, que estava estacionado entre sua casa e a mercearia de Marconio Galvão. La no fundo, o Jeep Willys do saudoso Germinio Costa.

Secretário de Reforma Agrária, Raimundo Costa, tem história de luta familiar

O blog já havia anunciado em primeira mão a escolha pelo Partido dos Trabalhadores (PT), no fim da semana passada, do nome do cerrocoraense Raimundo Costa Sobrinho para o cargo de primeiro escalão no futuro governo Robinson de Faria (2015/2017). O blog dá o parabéns ao novo secretário estadual de Colonização e Reforma Agrária, extensivo à família. Raimundo perdeu o pai muito cedo, a mãe, viúva, Maria José da Costa, que foi professora e alfabetizou muito agricultor na época do Mobral, contou sobretudo, em meados dos anos 60 e ate à década de 70, como o apoio do irmão, o barbeiro Raimundo Panta, pra criar os filhos, que inclui Dedé, o qual hoje se encontra doente e Betinho, que ja foi vereador em Bodó e Mauricio, que atuam no ramo de panificação, onde começaram como funcionários da padaria que pertenceu a José Julião Neto.

Garoto, Raimundo trabalhou na agricultura, numa vazante do açude Eloy de Souza pra ajudar a mãe, daí enveredou para a politica sindical, com atuação no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro  Corá. Um pulo para atuar na coordenação da Assessoria Técnica da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn), de onde saiu, no governo Lula, para exercer cargos no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), primeiro como diretor nacional do Programa de Crédito Fundiário e depois como secretário nacional adjunto de Reordenamento Agrário. Atualmente, vinha exercendo o cargo de delegado federal do MDA no Estado.

O último cerrocoraense que havia exercido cargo de primeiro escalção no governo do Estado, foi Josemá Azevedo, engenheiro civil que foi diretor da Caern e também secretário estadual de Recursos Hídricos, no governo Wilma de Faria. em cuja gestão o ex-vereador Tomaz Pereira de Araújo Neto também foi diretor-geral do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER-RN).

Vereadores de Cerro Corá vão à posse do governador Robinson Faria em Natal

Vereadora de segundo mandato em Cerro Corá, a vereadora Graça Oliveira confirmou que uma comitiva de políticos e eleitores do município irão para a posse do governador Robinson Faria e do vice-governador Fábio Dantas, prevista para as 16 horas desta quinta-feira (1/jan/2015), no Centro de Convenções em Natal. Além da vereadora, estarão na capital outros dois vereadores que apoiaram o governador nas eleições de outubro deste ano, Erivanaldo Albuquerque, o "Erinho" e José Araújo, o "Zeca do PT".

Graça Oliveira irá acompanhada do marido, o secretário municipal de Educação, Adevaldo Oliveira, além do atacadista de hortifrutigranjeiros na Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa), Geraldo França e a esposa Idonete, o cunhado dela, Manoel do Carmo e irmã da vereadora, Raimunda, e a esposa do vereador Erinho, Leila.

Segundo Graça Oliveira, o governador eleito mandou convite para a posse pro atual presidente da Câmara de Cerro Corá, vereador Everaldo Araújo e todos os membros do Poder Legislativo do município. Outros apoiadores de Robinson Faria, como os ex-vereadores José de Ancheita, João Alexandre e Severino Cândido, ainda não confirmaram se vêm para a posse do novo governador.
Secretário municipal de Educação, Adevaldo Oliveira (camisa de listrada) e a vereadora Graça Oliveira (à esquerda da senadora eleita Fátima Bezerra, vão à posse do governador eleito (d) Robinson Faria.
Também falta a confirmação se a posse do vereador Valdinho Borges na presidência da Câmara, na qual terá o vereador Zeca do PT como vice-presidente e Graça Oliveira como secretária da mesa diretora, deverá ocorrer mesmo às 19 horas desta quinta-feira, o que pode até atrasar a transmissão do cargo por conta da ida dos vereadores a Natal.

Nas eleições deste ano em Cerro Corá, o governador eleito perdeu no primeiro turno por 809, mas virou a eleição no segundo, com 50 votos de maioria sobre o deputado  federal Henrique Eduardo Alves. Já nas eleições proporcionais, os candidatos apoiados por Graça Oliveira perderam apenas para os candidatos apoiados pelo prefeito Raimundo Marcelino Borges, "Novinho": o deputado federal Fábio Faria obteve  951 votos (16.63% dos votos válidos) contra 1.862 do deputado Felipe Maia, que obteve '.862 sufrágios (32,55%), enquanto o deputado estadual  Galeno Torquato teve 944 votos (16,27%) contra 1.125 sufrágios (21,28%) dados a Gustavo Carvalho.

No inverno, uma opção de lazer: "escorrego" ou "garrotes"


Nos anos 70, época em houve poucas estiagens, as corredeiras das águas do açude Elóy de Souza, na sua caminhada para desaguar no rio Potengi, serviam de lazer para os cerrocoraenses. Na foto, apesar da pouca resolução, é Dedé Querino (reprodução do acervo pessoal do pernambucano João Emanoel Rego Costa, cedido ao blog no Festival de Inverno, em agosto de 2014)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Cine Canário, o Paradiso de Cerro Corá II

Na penúltima edição da revista "Giro Seridó" comparei a saga do Cine Canário, entre os anos 60 e 80, quando encerrou sua atividade de exibição de filmes, chamado pela crítica de  a “Sétima Arte”, à obra prima do italiano Giuseppe Tornatore – “Cinema Paradiso”, de 1988. Agora volto, mais uma vez, ao tema, homenageando o exibidor Sebastião Canário, que ainda vive entre nós, com mais de 80 anos. 
Sebastião Canário tem uma vida rica, pelo pioneirismo em Cerro Corá, pois antes mesmo de exibir películas cinematográficas no prédio da rua Benvenuto Pereira, ele foi treinador de futebol da meninada num campo de areia improvisado da Praça Tomaz Pereira de Araújo, quando não havia nenhuma urbanização e apenas um busto no pedestal de T. Pereira.
Além disso, Sebastião Canário foi dono de armarinho e loja de miudeza e artefatos domésticos no prédio que pertenceu a seu pai, João Canário, onde é, hoje, o supermercado de Germário Bezerra. Na calçada do armarinho era comum seu “Basto” armar um circulo de várias casas de coelho, no centro, no Dia de Natal, o animal saia de dentro de uma caixa para entrar numa casa numerada, pelo qual se sorteava o bilhete premiado. Podia ser um brinquedo, um vasilhame doméstico, um jarro, qualquer coisa que servisse de presente para o garoto ansioso, que levava o seu prêmio para casa.
O Cine Canário era, como disse no artigo anterior, a principal opção de lazer da cidade, o que permitia, para muitos, conhecer a cultura de outros países. Indiretamente, o Cine Canário contribuiu para algumas peripécias de infância, pois as latas de zinco, circular, que “empacotavam” as “fitas de cinema”, vinham de distribuidoras de filmes que ficaram no Alecrim ou na Ribeira, uma delas situada na antiga Estação Rodoviária Djalma Maranhão, na praça Augusto Severo, em Natal.  Por um certo período, o meu pai José Julião Neto, que passou a fazer o transporte de passageiros cerrocoraenses para Natal na falta de uma linha regular de ônibus, era quem trazia os malotes do Cine Canário.
As latas com os rolos de filmes chegavam na terça-feira, na Kombi (duas) de Zé Julião (hoje nome do ginásio poliesportivo de Cerro Corá), para as exibições da quarta e domingo, sendo devolvidas e trocadas na terça seguinte. Como moleques travessos e apaixonados por filmes, eu e meu irmão gêmeo, Vanilson Julião, que também é jornalista, perdemos quantas vezes e às escondidas do nosso pai, abrimos a lata depois de tirar as tiras de couros e fivelas que fechavam o conjunto, para tirar uma sequencia, de dez centímetros no máximo, e emendava com "durex", a mesma artimanha de Sebastião, quando a fita “torava” no meio da exibição do Cine Canário.
Depois de tantos anos, faço essa revelação, sem nunca ter sido pego “com a mão na massa” e nem Sebastião Canário ter sentido falta ou reclamado do pedaço de fita do filme. As películas serviam para nosso cinema, aquele da caixa de sapato, nossa “máquina” expositora. Era preciso um monóculo, aquele de fotografia colorida, ou uma lâmpada sem o miolo, cheia de água para servir como lente de aumento, que colocada por trás de um filete de luz do sol, que a gente aproveitava ao entrar por uma fresta de porta ou do telhado da casa da rua Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, onde reside, atualmente, Joca Bezerra, para fazer nossa exibição particular. A parede branca ou um lençol branco, pendurado com pregos, servia de tela.
As películas mais procuradas eram as de Western, principalmente aquelas que tinham como protagonista John Wayne. Mas, outras, de aventuras de capa e espada também era “um achado de  ouro” para os dois irmãos metidos a diretor de cinema, que não deixavam passar as fitas coloridas.
Além das películas cinematográficas, antes, usava-se as figurinhas de chiclete de bola com temas de musicas da Jovem Guarda, como os “Tremendões”, de Erasmo Carlos. Outro “exibidor” de figurinhas transparentes de chicles de bola é José Edinaldo Bezerra da Costa, o “Louro de dona Lilia”, que certa vez resolveu cobrar ingresso do “cinema” dele, no quarto dos rapazes da casa de Lourival Bezerra da Costa, seu pai.
Este, enfim, era nosso segundo Cinema Paradiso, que só passou a perder “ibope” com o advento da televisão, uma das primeiras a chegar, foi a de Lourival Bezerra. Depois, foi armada uma TV na praça Tomaz Pereira, depois de sua urbanização, foi colocada no local onde fica o quiosque do Iromar Querino. 

(Valdir Julião, quarto artigo publicado na sétima edição da revista cerrocoraense "Giro Seridó")

A bucólica Cerro Corá: inicio dos anos 70

Nenhum pingo de gente na rua, mas a avenida São João era assim, no começo da década de 70, com os pés de algaroba, o Grupo Escolar Querubina Silveira e ao fundo a igreja matriz de São João Batista (do acervo pessoal do agrônomo pernambucano João Emanoel Rego Costa)

Flagrante de julho de 1977 na casa dos Querino, antiga rua Vivaldo Pereira

Dedé e o irmão Aécio Querino em frente a casa onde moravam, na antiga rua Vivaldo Pereira e atual Sérvulo Pereira, centro comercial da cidade, e hoje são os Correios de Cerro Corá (reprodução do acervo pessoal de João Emanoel Rego Costa, cedido ao blog na sua vinda de Recife (PE) para Festival de Inverno agosto de 2014)

sábado, 27 de dezembro de 2014

A garotada do Botafogo de 1971

Na criação desse time, o blogueiro escreveu para o Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro, na tentativa de receber a doação de um jogo de camisas original, infantil, nas cores preto e branco. Como não veio, pra frustração de todos, José Julião Neto surpreendeu a garotada e trouxe  de Natal, para onde fazia duas viagens semanais carregando passageiros numa kombi, essas camisas brancas com fios pretos nas mangas e golas. O calção, salvo engano, que confeccionou foi "Netinha", filha do saudoso Chico Camelo. 

A escalação do time, da esquerda para a direita: Ivanez, Valdir Julião, Doval, Vanilson Julião, Paulinho Canário, Quita de Mané Bazú e Louro; Zenóbio, Zequinha Macedo, Ronilson, Rui, Gingin Canário, Dedé Querino e João de Altino. Com esse time vencemos o time do distrito de Recanto por um a zero, mesclado com jogadores da "rua de cima" (Monsenhor Paulo Herôncio), em sua maioria, e "rua de baixo" (antiga Tristão de Barros, na entrada da cidade).

Desses, apenas dois ainda residem na cidade, Ivonez, que também era chamado pelos colegas de "Neguinho da vúva" é pedreiro e Dedé Querino, filho dos saudosos Germinio Costa e dona Amália Querino Costa é funcionário público estadual. "Quinta de Mané Bazú" é dono de uma mercearia e reside na comunidade do Ingá, zona rural de São Tomé.

Quanto a "Doval", que tinha esse apelido por ser torcedor do Flamengo e fã do centroavante do clube do Rio no começo dos anos 70, hoje é motorista de caminhão e reside, salvo engano, em Riachuelo, na região do Potengi.

Zenóbio de Souza era chamado de "Popoca" pelos amigos e era filho do saudoso Geraldo Simplicio, que residiu em Recanto e depois na cidade. Nenzinha é a mãe dele, o qual reside atualmente em São Luiz, onde é professor universitário. Os irmãos Gingim e Paulinho residem em Natal, onde são funcionários da Petrobras, enquanto João de Altino, filho do falecido marchante Altino Julião, reside em Goianinha, onde é funcionário de uma usina sucroalcooleira. Zequinha Macedo reside em Brasilia, enquanto Ronilson é sindico em Natal, onde também mora o irmão Rui Gomes Barbosa, funcionário da Caern. José Edinaldo Bezerra da Costa, o "Louro", é pastor evangélico em Natal, onde graduou-se em Direito, cidade onde também residem os irmãos jornalistas Valdir e Vanilson.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Carlos Canário viaja com a família por Canindé e Juazeiro, no Ceará

Como faz já há alguns anos, Carlos Canário está em Canindé e segue neste sábado (27) para Juazeiro, cidades do interior do  Ceará, conhecidas por romarias católicas em homenagens a São Francisco e Padre Cícero Romão. Carlinhos está acompanhando da mulher, Terezinha e da filha Thaliana.

Leis denominam ruas no bairro Seridó em homenagens a cerrocoraenses falecidos

Com aprovação na Câmara Municipal, o prefeito de Cerro Corá, Raimundo Marcelino Borges, sancionou três leis em homenagem a três cerrocoraenses falecidos, com denominação de ruas José Simões Gomes, no Loteamento Residencial São Sebastião; Luiz Paz de Lira e José Ivan de Albuquerque, todas no bairro Seridó.